segunda-feira, 20 de julho de 2009

The Moon is a Dashing Mistress


Para todos aqueles que acompanharam este blogue ao longo do mês de Julho deve ter ficado clara a admiração que nutro pelo Programa Espacial Norte-Americano, pelas missões Apollo em particular, e pelo fascinante período histórico em que decorreram. Foi uma época única, de objectivos ambiciosos, resultados concretos, actos terríveis e promessas generosas. Na década em que a América perdeu a inocência, também a Humanidade atingiu o estado adulto. Foi, tanto quanto possível, para partilhar um pouco desse meu fascínio que propus ao Luís Corte Real e à Saída de Emergência a organização da antologia COM A CABEÇA NA LUA. É-me, por isso, tremendamente gratificante ver o resultado final nas livrarias. Tão gratificante quanto ver que pela primeira vez a infosfera, o panorama televisivo e a internet estão a fervilhar de comentários, documentários, referências e programas alusivos a um evento digno de todo esse hype: a chegada do Homem à Lua. Um momento que me parece tanto mais grandioso quanto o súbito abandono de uma exploração e colonização cadenciada da Lua e do sistema solar o faz parecer quase mítico. Em breve, não o conseguiremos distinguir - ou as gerações futuras não o conseguirão distinguir - da ficção científica de que parece ter saído.

Também por isso é gratificante ler os textos que o António de Macedo, o Luís Filipe Silva, o David Soares e o João Barreiros escreveram para assinalar este evento, indo muito além daquilo que lhes foi proposto. O meu muito obrigado aos quatro por isso. Enquanto houver estes feitos para assinalar, e autores destes para os assinalar, nem o Fantástico, nem a FC correm o risco de desaparecer.

Por último, a Antena 1 passou hoje uma entrevista comigo, conduzida com grande simpatia pela Ana Aranha, a propósito da publicação de COM A CABEÇA NA LUA e com o fito de assinalar o grande salto que a Humanidade conseguiu dar em 20 de Julho de 1969. Quem não tiver tido a oportunidade de a ouvir durante o dia, ela encontra-se já disponível aqui.

1 comentário:

sandokas disse...

É bom ver o blog do "João Seixas". Posso dizer que fiquei bastante surpreendido pelo livro "compilação", e senti-me quase comprado a comprar (pelos nomes incontornáveis, que tão raros se vêm nas livrarias em Portugal).

Deixando trivialidades físicas à parte, a razão porque não comprei o livro foi, e passo a citar(-me): "Quem é que esse João Seixas pensa que é para que eu lhe compre um livro onde escolhe arbitrariamente histórias de autores como estes?"

Daí a importância do blog na resposta às perguntas de retórica.