Há qualquer coisa de hipnótico nesta capa; a figura humana, o último astronauta, é quase imperceptível na paisagem. É o foguete cintilante que nos prende o olhar, não o homem. A promessa de um futuro tecnológico que o foguete contém é desmentida pelos clarões nucleares que rompem a superfície da Terra na noite silenciosa do espaço. O foguete é ao mesmo tempo uma ponte e uma jangada, destroços de um naufrágio planetário. A não ser que lhe falte combustível, nada indica que esteja avariado. E esse potencial de perfeito funcionamento serve apenas para realçar ainda mais a irrevogável solidão do astronauta.
Branded in the 80s is…done.
Há 3 anos
4 comentários:
Boas!
Achei muito interessante a capa e o texto ;) Estou em pulgas para desenvolveres sobre os vários tipos de pulp ;)
PS: Novo comentário no The Road Ahead sobre o FANTASCOM
http://spaceshipdown.blogspot.com/2008/06/road-ahead.html
Também há quem veja na insistência do imaginário masculino no icónico foguetão, um símbolo fálico, sinal evidente do preponderante machismo chauvinista que impera em toda a ficção científica de pendor hard.
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