segunda-feira, 13 de agosto de 2007

BOLSO VERÃO


Neste breve período de inactividade bloguística, Portugal parece ter redescoberto uma perdida paixoneta pelo livro de bolso. A novidade, como sempre, só o é para o nativo e para os mais desatentos. Qualquer leitor com mais desembaraço se apercebe que a recente colecção Booket, da D. Quixote, não passa de uma pálida imitação das colecções VIP (Ediciones B) e JET DeBOLS!LLO (da Plaza & Janés), apesar do apregoado design dos ateliers Henrique Cayatte (de que, via colecção azul da Caminho, nunca fui grande apreciador).


Nós, leitores habituais do Fantástico, privados das magníficas edições de luxo em hardback, e dos trade paperback estrangeiros (demasiado caros e demasiado distantes antes do advento da Amazon), sempre tivemos que nos contentar com o formato bolso.


Argonauta, DH Ciência, Panorama, Bolso Noite, FC Europa-América, a saudosa Colecção Azul da Caminho, e tantas, tantas outras, puxavam-nos pela mão e levavam-nos até ao imaginário maravilhso dos futuros que não chegaram a ser.


Recordo-me, entre os quinze e os dezasseis anos, nesses contraditórios anos 80 que não regressarão mais, de entrar senpre nas féria de Verão com uma dieta variada de livros de Ficção Científica e Horror (a fantasia só surgiu depois).


Os livros que aparecem na foto, foram todos comprados durante as férias de Verão, em várias praias do Algarve e em quiosques de Viana do Castelo. De cada rotativa onde os livros amareleciam ao sol, espreitavam capas coloridas de naves espaciais e sinistros crepúsculos, tie-ins e obras primas, todas em formato de bolso e a preço acessível.


Com o verão já a meio, a revolução do bolso 2007, ainda está por começar.

Sem comentários: