A ideia de que esses mecanismos trazem uma nova “sociabilidade”, é inteiramente
contestável, a não ser que se seja estudante do sétimo ano e se descobrir ao mesmo tempo e com todo o deslumbramento o mundo aditivo dos teenagers, drogas, sexo e rock and roll, que eu espero não seja a “sociabilidade” dos deputados da nação. Mas adultos? Adultos que representam a nação, a passarem o tempo a trocar trivialidades, bocas e picardias numa linguagem apenas um degrau acima dos SMS,
gutural e primitiva, em 140 caracteres e que acham que isso é “sociabilidade”?Espero bem que não enfileirem numa forma de falar, ou pior ainda de pensar, que tem a característica de fazer crescer o primata que há em nós. Nem sequer o primata, mas o anfíbio, o peixe ancestral que abre e fecha a boca num mar profundo.
Branded in the 80s is…done.
Há 3 anos
3 comentários:
Hello!
I was pleased you came by and read my post.
Even though I don't understand Portuguese, I did learn my blog's name in your language.
Max "La Cabeza Cortada Borracha"
"...ou os blogues mais interessantes continuam a ser aqueles cujos autores não se deixaram seduzir pelo patético fenómeno do Twitter?"
Isso é uma treta e posso dar-te imensos exemplos para prová-lo. É opção de cada pessoa dispor do Twitter como bem lhe apetece, mas o normal é ser um complemento ao blogue, uma ferramenta dinâmica de interacção que permite conquistar mais leitores ou atenção para algum projecto que estejas a desenvolver, ou empresa que estejas a iniciar, etc.
E eu não sigo o Abrupto do Pacheco Pereira porque cansa-me ler o tom moralista e grandiloquente que expõe os grandes males da nação, mas que nem sempre tem a lucidez para realçar aspectos positivos, teimando em apenas ver o lado tenebroso das coisas.
Eu aderi ao twitter e não considero que o meu blogue tenha sofrido com isso, pelo contrário, incentivou-me a escrever mais porque passei a ter novos leitores. Em 1 mês de twitter ganhei mais novos leitores do que em meses e meses a escrever sozinha na parede do meu blogue. (o mal é meu também porque não costumo fazer links para outros blogues, nem comento em demasia noutras freguesias).
Claro que haverá pessoas a fazer do Twitter uma praça pública e palco onde clamam as luzes dos holofotes para si, mas isso é um fenómeno que se verifica em todo o lado. O truque está em saber separar o trigo do joio.
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