Provavelmente, vocês terão estado mais atentos a estas coisas do que eu. Mas a verdade é que Pedro Marques voltou a colocar um magnífico post sobre capas de ficção científica no seu cada vez mais incontornável Montag. Desta feita, embora não exclusivamente, o Pedro refere-se à linha gráfica da mítica casa editorial Doubleday & Co. que escavou brechas profundas no mercado editorial de FC, desde logo com a ajuda de Frederik Pohl, autor que dirigiu a Galaxy e a If nos seus períodos áureos, ao mesmo tempo que era (e foi o único) agente do gigante Asimov (uma indústria em forma humana), que viria a ser um dos autores mais fiéis da chancela. Marques inclui o post na sua fascinante série de comentários gráficos ao ano de 1968 (que adquiriu uma certa aura na Europa que eu nunca vou conseguir compreender), altura em que a publicação de FC pela Doubleday estava no auge; efectivamente, logo no ano anterior, tinha sido sob essa chancela que Harlan Ellison dera à estampa o histórico volume Dangerous Visions (1967), a obra que acabou, de certa forma, por definir o movimento New Wave da FC, iniciado por Moorcock na revista New Worlds em 1964.
O Pedro aborda ainda, e apenas de passagem, o Science Fiction Book Club, que era uma divisão da Doubleday que tinha a particularidade de publicar também livros de outros editores, em edição harcover.
No entanto, nada melhor que ir à fonte, e beberem directamente das observações do Pedro, que nestas coisas gráficas, é praticamente imbatível. E aproveitem para se deliciar com algumas capas surpreendentes, de títulos bem conhecidos...
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