domingo, 30 de setembro de 2007

Barreiros na TV



Hoje à noite, na RTP2, pelas 22H30 (se a emissora cumprir com a programação), o imbatível João Barreiros subirá ao ringue (perdão, ao estúdio) para um dilacerante combate retórico com o físico Carlos Fiolhais. Em jogo, a literatura de Ficção Científica. O evento será arbitrado pela Paula Moura Pinheiro, no palco da Câmara Clara. Algumas informações oriundas de inside trading privilegiado dizem-me que o Contacto de Sagan volta a estar sobre a mesa.

É caso para perguntar: que livros de FC anda a ler a nossa comunidade científica desde 1985?

Mais comentários após o evento...

What's Up?



Final de mais um mês atarefado com a papelada que vai ajudando a pagar as contas, onerando porém este blogue com actualizações mais esporádicas. Que se passou entretanto, desde o final do MOTELx?

Desde logo, e num único dia (21 de Setembro) tive o prazer de apresentar na FNAC do Colombo o primeiro romance de David Soares, A Conspiração dos Antepassados (Saída de Emergência). A sala esteve composta e a audiência foi-se fixando, captiva do livro e do autor, senão das modestas palavras do apresentador. O Luís Rodrigues captou o momento para a posteridade, de forma que aqueles que não estiveram lá, ou que ainda não tiveram oportunidade de visionar o filme no blogue do David, podem fazê-lo agora.




Foi também uma oportunidade de rever o fandom nacional (esteve lá quase todo), e apenas o prólogo para um fim-de-semana irrepreensível que incluiu uma visita à Quinta da Regaleira (um dos cenários da Conspiração) guiada de forma fascinante pelo David Soares; também a oportunidade de provar um delicioso jantar preparado pela Gisela em casa do David, e beber café preprado numa engenhoca que aparece também no livro (fotos da experiência em breve).

Oportunidade ainda para pôr a conversa em dia com o Luis Corte-Real (em casa de quem eu a a Carla passamos o fim-de-semana) e ultimar detalhes quanto a duas novelas minhas que a Saida de Emergência vai publicar a partir de 2008.

Também no dia 21, o Público distribuiu uma nova edição da colectânea Ficções Científicas e Fantásticas (da Chimpanzé Intelectual), ao preço modesto de € 7.50. Refiro-o com certa ambiguidade, pois a colecção de contos de diversos autores (desde os inevitáveis João Barreiros, Luís Filipe Silva e David Soares aos inesperados Rui Zink, Clara Pinto Correia e Luísa Costa Gomes) não brilha pela qualidade, servindo antes e uma vez mais para demolir as teses daqueles que defendem a inexistência, quer de géneros literários, quer de protocolos de leitura próprios desses géneros. De referir, porém, que o conto de Clara Pinto Correia, por si só, justifica a compra do volume, pois é tão inacreditavelmente mau e negligente que, fosse eu o editor do volume, teria que o encarar como um insulto pessoal (se não queria escrever na área do fantástico, só tinha que o dizer). Posto isto, é uma boa prenda para quem não gosta de FC&F: confirma todos os seus preconceitos, e apresenta poucos pontos favoráveis. Uma vez que afirmações destas exigem sustentação fáctica, esperem por uma crítica mais detalhada num dos próximos domingos.



Ainda no dia 21, terminou finalmente o Verão. Como o Outono é estação de Halloween e folhas moribundas, granito húmido e névoas vagabundas, resolvi dedicar as noites de sexta-feira no Blade Runner a revisitar alguns dos Midnight Movies que fizeram do fantástico, do excesso e da violência marcas indeléveis no nosso crescimento. Arrancaremos estas midnight sessions no próximo dia 5 com The Wild Angels (1966), o clássico de Roger Corman que fez de Peter Fonda um ícone da estrada muito antes de Easy Rider (1969).

terça-feira, 11 de setembro de 2007

SEIS ANOS DEPOIS...




... continuam a faltar as palavras.

sábado, 8 de setembro de 2007

HORROR COM SOTAQUE DO NORTE






A Noiva (2006) é o título da curta-metragem (cerca de 6') que Ana Almeida realizou na zona de Entre-os-Rios, precisamente ali onde o Douro se tornou tristemente conhecido pelo temperamento inconstante e violento. A fotografia de Jorge Quintela captura perfeitamente esse temperamento sombrio e plúmbeo, puxando o espectador para o interior duriense, na peugada de Maria (Bárbara Magalhães) e Fernando (Rodrigo Santos), um jovem casal adúltero (ela tem um namorado, e não é o Fernando) que procura numa velha quinta abandonada o cenário propício à consumação carnal.

Ora, não é preciso consultar o acervo de clichés das séries Scream ou Scary Movie para saber que promiscuidade + sexo + local ermo + jovem atractiva = morte violenta. É a receita de qualquer slasher movie que tenha assombrado as telas desde que Halloween (1978) e Friday the 13th (1981) nos apresentaram Michael Myers e Jason Vorhees.

Ana Almeida e José Pedro Lopes (que assina o argumento) não deixam de seguir a fórmula, fazendo-o conscientemente e com uma piscadela de olho a David Lynch, numa citação directa de um momento iconográfico de Twin Peaks (ver foto). Não é o suficiente para distrair o espectador da escassez de argumento; a curta-metragem não chega a contar uma história, limitando-se a homenagear incontáveis sequências semelhantes de outros tantos filmes.


No entanto, funcionaria na perfeição como uma cena de um filme mais longo; a atmosfera está muito bem construída e, coisa agradavelmente surpreendente, Bárbara Magalhães e Rodrigo Santos conseguem manter uma interpretação segura e constante (apenas uma fala de Rodrigo me fez arreganhar os dentes pela pouca naturalidade). Os diálogos são naturais e realistas e nota-se na realização um flair visual para imagens ao mesmo tempo glaucas e inquietantes.



De lamentar apenas a fragilidade dos efeitos visuais gore e a curta duração, que priva a acção de um pouco mais de suspense e coerência. No geral, uma agradável surpresa que nos fará procurar futuros trabalhos desta jovem equipa. Ana Almeida realizou já uma outra curta-metragem (Uma Questão de Sangue, que não vi) onde trabalhou também com Rodrigo Santos e que é um título a procurar.
Mais informações sobre esta curta, podem ser encontradas aqui.

Resta-me agradecer ao José Pedro Lopes por me ter chamado a atenção para este filme e pela amabilidade de me ter cedido uma cópia a fim de poder escrever este pequeno texto.

OS CONTOS DO HOMEM PEIXE

O Lançamento da antologia Contos de Terror do Homem-Peixe, teve lugar no cinema S. Jorge (há dois dias), perante uma sala bem composta e contou com a presença de praticamente todos os autores, ilustrador, editor e coordenadora do concurso, a simpática Catarina Ramalho do CTLX.

Para aqueles que não estiveram lá (e se não estiveram, onde estavam?, como certamente perguntaria Baptista Bastos, se lá tivesse estado), aqui fica uma foto do evento, da autoria de Luís Rodrigues.



Da esquerda para a direita: Miguel Neto (editor da Chimpanzé Intelectual), António de Macedo, David Soares, João Maio Pinto (autor das magníficas ilustrações), João Seixas (vosso anfitrião neste blogue), João Barreiros, Possidónio Cachapa, Fernando Ribeiro, Guilherme Trindade Filipe (menção especial do júri) e Pedro Martins (vencedor do 1º Concurso de Contos de Terror do CTLX).

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

MOTELx: ROOM SERVICE




O género do Horror é um género eminentemente sensual. Tal como a pornografia, o drama ou a comédia, o seu anseio – e a medida do seu sucesso – mede-se pela intensidade do efeito físico que logra provocar. E, como qualquer outro género, reside num eterno presente, que se renova pela reciclagem dos instrumentos que se mostraram capazes de suscitar aqueles efeitos.

Por tal razão, é difícil, na longa genealogia de cerca de 270 anos (desde que os Graveyard Poets, Blair, Boswell, et. al., introduziram uma nova perspectiva e tratamento da morte) encontrar marcados pontos de ruptura com a tradição que antecede cada obra. Facto que é tão verdadeiro no Horror escrito como nas suas manifestações cinematográficas.

Um tal ponto de ruptura, pode procurar-se no trabalho dos autores representados no documentário The American Nightmare (que ontem passou no S. Jorge) de que já aqui falamos, naquele curto e furioso período que se estendeu entre 1968 (The Night of the Living Dead) e 1977 (ano de Star Wars, e da reposição dos valores da família).

Não se pense que tais marcos, porém, são meramente arbitrários: uma análise minimamente atenta aos títulos mais marcantes do Fantástico a partir de 1977, centram-se quase que exclusivamente na exploração dos limites do conceito de família nuclear. Onde esta era subvertida por Romero (a filha que devora a mãe, cobrando assim o máximo sacrifício parental), Hooper (a família disfuncional de The Texas Chainsaw Massacre) ou Carpenter (o desaparecimento dos pais ou a entrega dos filhos a nannys, que não possuem o necessário instinto maternal e que viria a caracterizar um verdadeiro subgénero posterior), passa a ser afirmada como único reduto de salvação em obras como Poltergeist (do mesmo Hooper, 1982), ou mesmo no sucesso comercial de Kramer vs Kramer (Benton,1979) e The Brood (Cronemberg, 1979) ou este H6: Diário de un Asesino (Barón, 2005, ainda que com um curioso twist final), que será projectado na sexta-feira, no âmbito do festival.

Curiosamente, fenómeno idêntico tinha já ocorrido no ocaso do Gótico, quando o conceito de domesticidade foi introduzido na literatura, substituindo o sense and sensibility.

E é no Gótico que encontramos as raízes do horror moderno: ambos respondem à ânsia de sensações extremas num mundo urbano, confortável e homogeneizado.

Neste sentido, uma coisa que se parece observar, é que o Horror filmado regressou uma vez mais às raízes “B”, sendo de produtoras independentes ou especializadas que surgem as obras mais marcantes, a par de uma inusitada e completamente inesperada deslocação dos conteúdos mais ousados do cinema para a televisão (como se a família, tivesse deixado a sala de estar e se tivesse mudado, em peso, para os cineplexes). Desapareceram completamente das telas dos cinemas produções dos grandes estúdios como The Haunting (Wise, 1961), Rosemary’s Baby (Polanski, 1968) The Exorcist (Friedkin, 1973), ou mesmo o Jaws (Spielberg, 1975). Neste último caso, é pertinente observar como o homem e o filme que criaram o summer blockbuster, se transmutaram, em 1993, no desdentado Jurassic Park.

Poderá isto ser explicado, por uma nova domesticidade do horror? Ou por uma crescente concorrência de fontes de frisson, que competem com o Horror e o empurram para as margens?

O fornecimento de sensações extremas foi tomado de assalto por parques temáticos e desportos radicais (perfeitamente sanitários na sua não menos extrema segurança) e apropriado pelos próprios telejornais (com os seus sensacionalismos vácuos) e programas da manhã (com os seus desfiles de desgraças, doenças e casos da vida).

Escrevendo sobre o Gótico, Clive Bloom (Gothic Horror, 1995): “At once escapist and conformist, the gothic speaks to the dark side of domestic fiction: erotic, violent, perverse, bizarre, and obsessively connected with contemporary fears”.

No caso do cinema de Ivan Cardoso, essa dicotomia assume uma curiosa ironia, pois muitos dos seus actores são rostos bem conhecidos das assépticas novelas da Globo (o doméstico por excelência, num mundo idealizado e confortável, onde a vilania é sempre punida), e surgem em filmes como O Segredo da Múmia (1982) As Sete Vampiras (1986) ou Um Lobisomem na Amazónia (2005) em cenários, papéis e comportamentos completamente inesperados, “eróticos, violentos e bizarros” (voltaremos ao cinema de Ivan Cardoso num próximo post).

Na verdade, e no que se refere ao fornecimento de sensações extremas, é fácil imaginar as nossas donas de casa, alimentadas a novelas e programas matinais a comportarem-se como a Miss Andrews de Northanger Abbey (Austen, 1817), “a sweet girl, one of the sweetest creatures in the world” que, no tocante a novelas de horor, “has read every one of them”.

Tal como a novela gótica, o horror filmado contemporâneo é composto por um punhado de títulos de referência – aceites pelo mainstream – e uma corrente subterrânea de obras marginais, mais extremas, que penetram nos medos contemporâneos, trazendo à superfície as feridas sociais que o estado wellfare cobre com mera cosmética: a pedofilia, os serial killers, as doenças que não conhecem fronteiras (Gripe das Aves, Vacas Loucas), ou a simples consciencialização da perda do controlo que exercemos sobre as nossas vidas numa sociedade de efeitos globais. Ou a simples, imponderável e assustadora senescência.

Todos estes medos estão presentes, de uma forma ou outra, nos títulos seleccionados para a secção Room Service.

Dos títulos propostos, de que nos chegam ecos de outros festivais, devo confessar que apenas conheço o já referido H6 (Barón, 2005), que recomendo vivamente, com algumas ressalvas que discutirei num outro post dedicado exclusivamente a esse título. Dos restantes, a comédia neo-zelandesa Black Sheep (Jonathan King, 2006) retoma a fórmula popularizada por Shaun of the Dead para nos apresentar uma praga de carneiros zombies numa região do mundo onde há mais carneiros (muito mais carneiros) do que humanos. Pedirá sempre comparação com o clássico Night of the Lepus (1972), embora a participação da empresa Weta (responsável pelas armas e demais accoutrements da trilogia Lord of the Rings) lhe permita um aspecto visual com que o clássico de William Claxton nunca poderia sonhar. Pode bem ser um filme que faça finalmente jus ao dito dos Monty Python, “there’s no animal more dangerous than a sheep with ideas”.

The Living and the Dead (2006), do britânico Simon Rumley, assume um tom tipicamente british para exorcizar numa comédia negra, aquilo que Rumley descreve como “the trauma of having to watch my mother die of cancer”. No entanto, ao mesmo tempo que exorciza a sua experiência pessoal, quando Donald (Roger Lloyd-Pack) deixa a esposa acamada (Kate Fahy) aos cuidados de uma enfermeira, que o filho do casal (Leo Bill), igualmente dependente de medicamentos prontamente expulsa de casa para mostrar a sua capacidade de tomar conta da mãe, Rumley oferece-nos uma análise certeira e pungente, quer da dependência medicamentosa em que se encontra grande parte da população ocidental, quer do encargo cada vez maior que a idade avançada e a doença prolongada representam nos nossos dias.

A ideia mais assustadora, porém, pode perfeitamente ser aquela que nos faz pensar que o comportamento societário, só pode ser mantido por forte medicação e, livrássemo-nos da carga de estimulantes, anti-depressivos e ansiolíticos que fazem a fortuna das farmacêuticas, e a sociedade desabaria como um castelo de cartas aflorado por um sopro.


O filme que me suscita maior curiosidade é Mulberry Street (Jim Mickle, 2006), um regresso aos ratos assassinos de Rats - Notti di Terrore (Bruno Mattei, 1984), numa Nova Iorque pós-onze de Setembro, e que parece fechar o círculo de domesticidade e família de que vínhamos falando, ao mesmo tempo que tudo se vai fechando: o prédio na rua que dá título ao filme, expropriado para demolição pela Câmara, gerando uma camaradagem de vizinhança que vai ser testada à medida que se prolonga o cerco de homens-rato, infectados pelo vírus; Manhattan, cujos acessos são encerrados como naquela fatídica terça-feira de 2001; e a distância através da geografia nova-iorquina enervantemente calma e silenciosa que separa Casey (Kim Blair), que regressa de uma comissão no Iraque do pai Clutch (Nick Damici, que também escreveu o argumento).

São dedadas fortes que ficam impressas nas telas dos nossos cinemas, sempre a realidade lhes consegue deitar a mão. Certamente nenhum destes filmes se converterá num clássico do Horror, mas que isso não nos impeça desfrutar de quatro snapshots dos terrores contemporâneos.

Tal como as novelas góticas de onde nasceram há um par de séculos, revelam “surprising social relevance in their apparently escapist fictions” (Walter Kendrick, The Thrill of Fear, 1991).

MOTELx: O ARRANQUE

E depois de toda a antecipação, o MOTELx arrancou finalmente, e de forma exemplar.

O agradável convívio no pátio interior do Palácio Belmonte, onde decorreu o cocktail de recepção aos convidados, com direiro a uma vista magnífica sobre o Tejo e a outra margem, serviu para trocar ideias com o António de Macedo, o João Maio Pinto (que vê hoje também estrear no cinema S. Jorge a exposição de ilustrações com que enriqueceu a colectânea de Contos de Terror do Homem Peixe, que amanhã é apresentada ao público) a Safaa Dib, o Pedro Souto o João Monteiro e a Catarina Ramalho do CTLX, e sobretudo com as "estrelas convidadas", Ivan Cardoso e Mick Garris (na foto com este vossos anfitrião).


Mas o cocktail foi apenas o aperitivo para a primeira sessão cinematográfica que abriu oficialmente o Festival de Cinema de Horror, com o documentário The American Nightmare. Diz quem conhece, que não se lembrava de ver o S. Jorge de tal forma apinhado. A foto mostra apenas o final da longa fila, quando ia já largamente ultrapassada a hora prevista para o início da sessão.


Único ponto fraco da noite, a curta-metragem que antecedeu a projecção do documentário.

Com realização de Pedro Baptista (que esteve presente para a apresentar), os doze minutos deste Sangue Sobre Vermelho (2006) colocam mais uma vez em evidência que a fragilidade da produção nacional não advém da falta de meios-técnicos (a sonoplastia e a fotografia não merecem reparos de maior) mas da incapacidade crónica a nível de argumento e direcção de actores. Ou, no caso, na não-direcção de não-actores.

Constituindo mais uma re-interpretação do conto do Capuchinho Vermelho, a curta arranca de forma promissora com a bem filmada e alucinante corrida do pai/lobo (João Urbano) por um bosque denso, até à cabana onde se encontra a avó (Urbana Conceição Jesus) e a capuchinho (Ana Raquel Ramos). Os avanços sexuais e incestuosos do lobo sobre a capuchinho, vão desencadear uma série de actos violentos que desembocam num dos mais infelizes clichés de que há memória no cinema recente. Esquecida fica qualquer razão para a corrida inicial, que não a intenção predatória.

Se a sucessão de imagens não chega a constituir uma narrativa coerente e auto-suficiente, o efeito é minado de forma inapelável pelo uso desastrado da trilha sonora e pela incapacidade expressiva dos intérpretes principais, com Urbana Conceição Jesus a arrancar involuntárias gargalhadas ao proferir um seco e impassível "Filho, não" perante o avanço do lobo ameaçador com o machado assassino, uma citação directa de Jack Nicholson em The Shining. Também o guarda-roupa de Ana Raquel Ramos faz lembrar de forma pouco confortável aquela icónica imagem de Hard Candy (David Slade, 2005), sublinhando mais uma vez o facto de que a homenagem é por vezes difícil de distinguir da falta de imaginação.

A noite terminou há pouco, numa esplanada dos Restauradores em companhia do David Soares e da Gisela.

Tudo considerado, está de parabéns a organização.